Luís Bento é presença assídua nos line ups em dias clássicos, as suas fotos têm conquistado a atenção tanto de marcas como atletas, é actualmente apoiado por Dafin Europe, Theboardhole e DCK Boardshorts.
A paixão pela fotografia acompanha-te desde quando?
LB: Desde sempre, o meu avô paterno já era um amante da fotografia e o meu pai a mesma coisa, naturalmente segui as pisadas deles.
O que te inspira ao ir para dentro de água, esteja frio ou calor, para fotografar?
LB: pelos registos que tenho desde que nasci, ir para dentro de água nunca foi um problema para mim. Em adolescente fui nadador federado no Benfica onde cheguei a ser campeão de Lisboa e vice campeão nacional e até ganhei umas medalhazitas em provas internacionais, por isso sinto-me muito bem dentro de agua seja a fotografar ou a surfar. Fotografar na agua é um 2 em 1.
Tens algum fotógrafo que desenvolva um trabalho semelhante ao teu que te sirva como inspiração?
LB: Quem me fez avançar foi o Brek (João Bracourt), uma viagem que fiz à Indonésia e ele era o fotografo de serviço. Fiquei fascinado com toda aquela logística e principalmente pelas fotos que tirava. Quando cheguei a Lisboa a primeira coisa que fiz foi encomendar uma caixa estanque para a minha maquina que na altura até era igual à dele. Sem duvida que continuo a te-lo como referencia e há alguns anos atrás conheci outro monstro da fotografia de surf mundial que dispensa apresentação, Diogo D´Orey.
Que elementos deve ter a fotografia “perfeita”?
LB: Luz, muito importante a luz para qualquer tipo de foto.
Que dificuldades alguém que queria iniciar esta atividade pode esperar encontrar?
LB: Algumas dificuldades, não é fácil estar la fora só de barbatanas e maquina. O meu primeiro conselho é a segurança. É fundamental saber nadar muito bem e “perceber” o surf, saber ler a linha da onda, saber posicionar-se para não interferir com o atleta.
Qual a melhor sessão que tenhas fotografado que te lembras?
LB: Tenho várias mas deixo uma foto da minha ultima sessão no Zavial
Analisas de perto e constantemente o surf e o bodyboard, pois além de presenciares ao vivo voltas a ver as imagens várias vezes, tendo em conta que és um espectador privilegiado, o que achas sobre a evolução destas modalidades e o que o futuro reserva a Portugal?
LB: Com o impacto que o surf e o bodyboard têm na economia nacional não percebo porque razão não há revistas da especialidade em portugal. Elas sim são o principal meio de divulgação das tuas fotografias, sejam dentro ou fora de agua.
Quais o surfistas que mais te tem impressionado ultimamente?
LB: Sem duvida o Nicolau, não só pelo surfista que é como também com a preocupação que ele tem em trabalhar a sua imagem que por sua vez dá um excelente retorno aos patrocinadores. A imagem de um surfista é importantíssima para a sua evolução.
E os bodyboarders?
LB: Tó Cardoso, Manuel Centeno, Horta, Nuno Leitão “Batata” e André leite.
Qual o material que usas quando vais para dentro de água?
LB: Trabalho com Nikon, e Dafin e wave solution water housings
Qual é o kit básico para alguém que queira iniciar esta atividade?
LB: Atitude, vontade, persistência :))
Uma mensagem para a nova geração e para quem é importante ter boas fotografias e filmagens para poderem mostrar o seu potencial ao mundo?
LB: Já o disse anteriormente, a imagem é importantíssima para a evolução de um atleta.
Para terminar, se te fosse dada a oportunidade de fotografar uma pessoa à escolha a fazer o que quisesses, quem seria e o que estaria a fazer?
LB: Adorava fotografar o Kely Slater a surfar em HT’s
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Artigo criado em parceria com TheBoardHole.com