O autódromo de Le Mans recebeu na passada semana o MotoGP, onde se realizou de 19 a 21 de maio o HJC Helmets Grand Prix de França. Esta etapa teve como vencedores Joan Mir em Moto3, Franco Morbidelli em Moto2 e Maverick Viñales em MotoGP, que são também os respetivos líderes das classificações gerais das três classes.
Moto3
Na classe mais baixa o primeiro dia, com condições adversas, registou os melhores tempos no primeiro treino livre, onde o top 3 ficou longe do primeiro lugar que foi conseguido pelo malásio Adam Norrodin, que está a realizar a sua segunda época de moto3.
No segundo dia o top-3 do campeonato manteve-se fora dos primeiros lugares do terceiro treino livre e da qualificação, sendo que Jorge Matin conseguiu a pole position a 31 milésimas do italiano Nicolo Bulega. Ainda assim Romano Fenati conseguiu assegurar um lugar na segunda linha da grelha de partida e Joan Mir iria iniciar da terceira.
O terceiro dia já foi diferente, com Joan Mir e Romano Fenati a fazerem uma sessão de aquecimento onde registaram os melhores tempos, o que viria a transpôr-se depois para a corrida.
A corrida começou com Romano Fenati a assumir desde o início a liderança, Joan Mir a fazer uma corrida de trás para a frente e Aron Canet inicialmente a não conseguir aumentar o ritmo, mas depois a colar-se à da corrida.
Na oitava volta Romano Fenati sofre uma queda e abandona a corrida, o que permitiu a Joan Mir assumir a liderança e controlá-la até ao fim da corrida para assim conquistar a sua terceira vitória este ano.
Em segundo lugar ficou Aron Canet, que subiu à terceira posição da geral e a fechar o pódio o italiano Fabio Di Giannantonio, que conquistou assim o seu segundo pódio este ano.
Moto2
No primeiro dia da classe intermédia foi Lorenzo Baldassarri a assinalar a volta mais rápida naquele que foi o único treino livre (o primeiro) do dia com a pista seca. Do top-3 do campeonato apenas Franco Morbidelli conseguiu aproximar-se do melhor tempo, ao ficar a 11 milésimos que lhe deu o segundo melhor tempo do dia.
No segundo dia Thomas Luthi conseguiu aproximar-se dos melhores tempos logo no terceiro treino livre e acabaria por conseguir a pole position na qualificação, com Francesco Bagnaia a ficar a 26 milésimos e Morbidelli a fechar a primeira linha da grelha de partida com mais um centésimo.
Trio este que conquistou também o pódio da corrida. Franco Morbidelli liderou a corrida desde a primeira à última volta, com exceção da sétima que teve na liderança à passagem pela meta o suíço Thomas Luthi. Morbidelli conseguiu assim a quarta vitória no campeonato, seguido de Francesco Bagnaia que assegurou o mesmo lugar da qualificação e a fechar o pódio Thomas Luthi.
MotoGP
Na classe mais alta Jack Miller conseguiu o melhor tempo dos treinos livres no primeiro dia, seguido de Marc Marquez a 1,288 segundos e Johann Zarco a 1,781 segundos.
No segundo dia Maverick Viñales a dominar o quarto e último treino livre e a segunda qualificação que dita quem começa na pole position. Na segunda posição da qualificação a ficar Valentino Rossi e em terceiro Johann Zarco, que tinha conquistado o segundo lugar na primeira qualificação.
No derradeiro dia Marc Marquez mostrou querer melhor que a quinta posição da qualificação ao fazer a melhor volta na sessão de aquecimento. Marquez que chegou a rodar na quarta posição na corrida, mas que acabou por sofrer uma queda na 18ª volta da mesma, à semelhança do que aconteceu com Valentino Rossi que sofreu uma queda na última volta a escassas curvas da meta, depois de ter estado inclusivamente na liderança da corrida.
Maverick Viñales conseguiu assim a terceira vitória no campeonato e recuperou a liderança do mesmo, quando estava com menos dois pontos que Rossi à partida para esta etapa.
Em segundo lugar ficou o rockie Johann Zarco que subiu à quinta posição da geral e em terceiro ficou o espanhol Dani Pedrosa que subiu à segunda classificação do campeonato.
Miguel Oliveira
O português não teve um fim-de-semana fácil, a não conseguir fazer melhor que um nono lugar no segundo treino livre do primeiro dia e a qualificar-se em 17º lugar para a corrida, o que nos fazia prever uma corrida de trás para a frente, o que já não é inédito para o luso.
Mas a corrida voltou a não correr-lhe bem e não foi além do 17º lugar, não tendo conseguido pontuar.
No final Miguel Oliveira mostrou-se descontente com o resultado, mas apontou como principais razões o facto de ser uma mota nova com a qual ainda não tinham qualquer feedback na pista francesa, o que fez com que tivessem de trabalhar do zero nas afinações da mesma.