Podemos dizer que as finais são para se ganhar ou que numa final à melhor de 7 não há problema em perder um jogo. Essa não é, de facto, a mentalidade norte-americana no que diz respeito às fantásticas Finais da NBA. São jogos espetaculares onde a intensidade é o ponto-chave para que seja possível levar de vencido o adversário.
Se no Jogo 1 o protagonista foi o “traidor” Kevin Durant, o que dizer do Jogo 2 onde o jogador dos Golden State Warriors acabou por fincar o pé com mais uma exibição de grande quilate, só ao nível dos melhores do mundo, com o abafo ao King James a ficar na retina dos fãs mais atentos.
Grande Intensidade na 1ª parte
Os Cavaliers são uma das melhores equipas da NBA. Sobre isso não há qualquer questão a levantar. A intensidade colocada por estes na primeira parte é digna de realce pois obrigaram, não só o Warriors a fazerem 8 turnovers como marcaram 64 pontos. No entanto os Cavs não aproveitaram esta pontuação bastante elevada e comprometeram na defesa sofrendo 67 pontos.
A equipa dos Warriors mostrou uma grande capacidade de resposta a maus momentos durante a primeira parte nomeadamente às 3 faltas consecutivas de Draymond Green que puseram a nu algumas dificuldades em defender Kevin Love. Por outro lado, é cada vez mais visível que Javale McGee encaixa muito melhor no sistema de Golden State que o georgiano Zaza Pachulia.
Por outro lado e porque falar dos Warriors é falar deles, os Splash Brother estiveram imperiais. Se no Jogo 1, Klay Thompson esteve muito bem na defesa mas não conseguiu contribuir com pontos, no Jogo 2 o shooting guard esteve muito bem conseguindo 22 pontos.
Por outro lado, Stephen Curry foi um dos melhores em campo com 32 pontos (com o seu 1º triplo-duplo em finais à mistura) e com uma das jogadas das finais (quando tirou LeBron James da frente com uma autêntica aula de dança).
A defesa de Cleveland tremeu por todos os lados
Quando existe uma equipa com uma facilidade tão grande de fazer pontos como os Golden State a defesa passa a ser o principal foco durante o decorrer do jogo. Bloquear acções, proteger o cesto, e acabar por forçar turnovers sem que sejam marcadas faltas são fundamentais. No entanto, é neste capitulo que os Cleveland Cavaliers estão a sentir as maiores dificuldades durante as Finais da NBA, sendo que é indescritível uma equipa sofrer 132 pontos num jogo das Finais da NBA.
Se, por um lado podemos afirmar que a equipa de Oakland é indefensável, por outro podemos verificar que existe muito por onde melhorar.
Em primeiro lugar é necessário que um jogador consiga chatear o suficiente Kevin Durant, ao ponto de este fazer pontuações mais baixas. Penso que a resposta para este problema está em Iman Shumpert. O jogador americano foi o único que, quando entrou, conseguiu parar alguns ataques de Kevin Durat. Para que este entrasse, penso que seria proveitoso, a saída de J.R.Smith do 5 inicial pois este não está a fazer umas boas Finais da NBA.
Em segundo lugar é imperativo que Tristan Thompson entre mais no momento defensivo, ajudando os seus colegas a conseguirem stops suficientes para que sejam aproveitadas com pontos. Zaza Pachulia não é um jogador imprevisível pelo que se torna mais fácil de defêndo-lo.
Em último lugar, penso que Kyrie Irving consegue fazer um melhor papel a defender Steph Curry. Os dois jogadores não são grandes defensores mas o base dos Cleveland já mostrou conseguir tapar os famosos triplos do homólogo dos Warriors.
Jogo 3 vai ser decisivo
Neste momento com 2-0 a favor dos Golden State Warriors e com os jogos a mudarem-se para Cleveland, os Cavs estão encostados às cordas. Acredito piamente que se os comandados de Tyronn Lue não ganham este jogo, o título de campeão da NBA foge para a equipa de Steve Kerr. Para que isto aconteça, os Cavs necessitam que a equipa vá atrás de LeBron James em termos de pontuação e que melhore em termos defensivos.