Vasco Ribeiro, nome que nenhum surfista desconhece, é um talentoso surfista da linha de Cascais e local da Praia da Poça. Desde muito novo, que se notou que dali iria sair um bom surfista, devido a raça com que surfa sempre e em qualquer tipo de condições de ondas (pequenas e grandes).
Costuma ser visto pelas melhores ondas portuguesas com regularidade, Ericeira, Carcavelos, na “sua” Praia da Poça, Costa de Caparica e Peniche.
Em termos de currículo, já foi Campeão Nacional em vários escalões (títulos juniores e Open) e Campeão Mundial Júnior, na Ericeira em 2014.
Vasco Ribeiro é dono de um surf poderoso, e power house como os aussies (australianos) dizem, mesmo na pequenas ondas que estavam no #CaparicaPrimaveraSurfFest2017, Onde destruiu as ondas com notas altas, perdendo apenas para o campeão do Caparica Pro 2017 (Goni Zubizarreta – Colega de equipa da Semente Surfboards).
Vasco foi Vice Campeão desta etapa portuguesa do Circuito de Qualificação Mundial (WQS) da World Surf League (WSL). Esperemos vê-lo brevemente junto com os melhores do mundial, no principal circuito de surf, o WCT da World Surf League, ou Dream Tour.
De forma a aproveitar a presença do Vasco Ribeiro pela Costa de Caparica, para competir no Caparica Primavera Surf Fest, o Fair Play marcou presença no evento e o campeão mundial júnior, Vasco Ribeiro, disponibilizou-se para nos dar esta entrevista exclusiva.
. Idade de surf, já alguém fazia surf na tua família quando começaste?
VR: Já faço surf há 12 anos e já o meu pai fazia surf.
.Como e onde começaste?
VR: Comecei na Praia da Poça (Estoril), com o meu pai
. Como é ter um treinador como o Tiago Pires e o Zé Seabra do teu lado, para o longo caminho que são os WQS, rumo ao principal escalão do surf mundial?
VR: Claro esse é o objectivo.
Nota: Para quem não conhece estes dois surfistas e atuais treinadores do Vasco Ribeiro. Tiago Pires, conhecido por “SACA”, foi o primeiro surfista português a integrar a elite mundial, durante 7 anos. Ainda é considerado por muitos, como o melhor surfista português. O José “Zé” Seabra surfista da geração mais oldschool, ficou conhecido por surfar ondas grandes, entre outras performances enquanto surfista, e devido a essas performances numa das ondas na Ilha da Madeira, a surfada dos anos 90 nas Bruxas, foi refrão de uma música do cantor Ithaka Darin Pappas “Seabra is Mad!” (confira a música Aqui). A nosso ver um belo trio com vista a colocar o Vasco na elite mundial.
.Quando competes em Portugal sentes mais pressão, ou mais ficas mais confortável?
VR: Fico mais relaxado quando compito em Portugal. Nós (Surfistas Profissionais) viajamos muito pelo mundo fora em competição e quando há WQS (World Qualifying Series) em Portugal é sempre muito bom.
.O que achas das Prestações do Frederico Morais neste início de temporada WSL?
VR: Tem sido boa, ele ainda não passou muitos heats (baterias), mas tem sido bom. Ainda se está a adaptar, mas está a correr bem.
.Quem viaja contigo para as prova internacionais? Do que mais sentes falta durante o período de treinos e competições longe de casa? (foste pai há pouco tempo, e as saudades interferem no teu trabalho enquanto surfista profissional)
VR: Quem Costuma viajar comigo é o Tiago Pires e o Zé Seabra. Em relação à família, quando vou competir, vou a trabalho e uma coisa não interfere na outra, faz parte da profissão. Quando estou nas viagens é para trabalhar e é isso que eu faço.
.Como são os teus dias normais em Portugal?
VR: Treino de manhã no ginásio, almoço e surfo, ao final do dia aproveito para relaxar e estar em família.
.Qual a bateria que te ficou na memória até hoje, como a melhor?
VR: Apenas me marcam as piores (risos).
.Quando te sagraste campeão júnior mundial na Ericeira. Como foi, a seguir a esse grande feito, com as marcas?
VR: Estava na altura sem um patrocínio e foi muito bom para a minha carreira.
.O que achas do Crowd português? Deixam-te surfar livremente, ou cada vez que te vêem na água começam a falar contigo de forma a não conseguires estar focado no surf?
VR: Não! O Crowd deixa-me surfar à vontade e é normal que falem.Estamos todos dentro de água mas ninguém me chateia.
. Como é o teu quíver (tipos de pranchas que um surfista tem), e que medidas de pranchas mais gostas?
VR: Desde há muito tempo que uso Semente, são as pranchas que mais gosto de usar. O Nick Urichio (shaper da Semente) é o melhor shaper português e sinto-me muito confortável com as Semente.
.Quem foram os surfistas que te inspiraram na tua evolução?
VR: É o meu Pai, sem dúvida.
.Uma mensagem aos jovens surfistas, que pretendem atingir um lugar ao sol no surf mundial.
VR: Os “putos” que se divirtam muito na água e aproveitem ao máximo quando estão a surfar, e que todos se divirtam na água.
Obrigado ao Vasco e à Isabel Corte-Real pela disponibilidade no “meu quintal” para esta conversa de surfista para surfista. E votos de bom trabalho, para que o Vasco entre em 2018 na Elite Mundial, bem como desejar boa sorte a toda a comitiva portuguesa do WQS.
Para quem quiser acompanhar o WQS World Surf League, sigam o link da etapa de Zarautz (Espanha) onde, desde de dia 19 de Abril, se inicia mais uma etapa deste longo Circuito WQS. Boa Sorte!!!
#Aloha